sábado, 7 de agosto de 2021

M41 Walker Bulldog - Histórico

 
Carro de Combate Leve M41 Walker Bulldog

 
Breve Histórico

Quando a 2ª Guerra Mundial terminou em 1945, os tanques da força principal do Exército dos EUA eram o M-26 General Pershing tanque pesado (41 toneladas), os tanques médios M-4 Sherman (33,5 toneladas) e os tanques leves General Chaffee M-24. Em 1946, o Exército dos EUA decidiu desenvolver três novos tipos de tanques - leves (menos de 25 toneladas), médios e pesados (ambos com menos de 45 toneladas). Ainda assim estava claro, porém, que eles eram claramente inferiores aos do Exército Soviético, então o inimigo potencial dos EUA em poder de fogo e combate. 
Desse modo as forças-tarefas terrestres dos EUA pediram às autoridades do Exército que desenvolvessem um novo tanque poderoso, totalmente igual ao equivalente soviético. Um protótipo começava a ser projetado e montado no final de 1949 com a denominação T-37 e que mais tarde seria batizado “M41 Walker Bulldog” em homenagem ao General Americano Walton Harry Walker, Comandante das Formas Americanas, apelidado de Bulldog, morto num acidente de Jeep na Coréia do Sul. No entanto, após a guerra, as demandas domésticas nos EUA restringiram novos investimentos em desenvolvimentos militares. Este inconveniente postergaria a construção dos veículos de testes até março de 1949. 

Gen. Walton Harry Walker “Bulldog”

Então, a Guerra da Coréia estourou em 20 de junho de 1950 e as forças-tarefas do Exército saíram para a batalha usando os mesmos tanques M24 leves e médios M4A3E8 que foram empregados durante a 2ª Guerra Mundial. Por outro lado, a principal força dos norte-coreanos eram os tanques soviéticos T-34/76 e T-34/85, que eram muito superiores em seus intervalos, especialmente para os tanques leves americanos M-24. Como resultado, os tanques americanos foram destruídos e sofreram derrotas terríveis. Para remediar a situação, o tanque leve T-41 feito para teste, que estava então em estágio de desenvolvimento para suceder ao M-24, foi enviado imediatamente para o campo de batalha diretamente da linha de produção, mesmo antes de outros testes. Com a produção dos protótipos finalizada em meados do mesmo ano, o comando do exército implementou um extensivo programa de avaliação e testes de campo, com modelo apresentando. 
A celebração do primeiro contrato de aquisição foi realizada em agosto de 1950, porém o início de sua produção em série foi adiado por dificuldades técnicas decorrentes da decisão de incorporar um telêmetro integral diretamente na torre de aço. As crescentes demandas do Exército por mais tanques resultaram na produção apressadamente iniciada em meados de 1951. Os primeiros oito carros de produção começaram a ser entregues ao exército em março de 1951, e em março de 1952, mais de 900 M41 já haviam sido fabricados, porém eles entraram em serviço tarde demais para participar da Guerra da Coréia, apesar de alguns carros terem sido enviados ao teatro de operações. Ao todo foram necessários implementar cerca de 4.000 alterações e melhorias no projeto original, desta maneira nascia em dezembro de 1952 a versão M41A1. Os carros da primeira versão foram armazenados no Ordinance Corps Depot em Ohio a fim de serem posteriormente convertidos para versão melhorada. 
A produção foi concentrada no Arsenal de Tanques de Cleveland da General Motors Corporation numa antiga fábrica da Força Aérea na Segunda Guerra Mundial que foi sublocada depois da guerra com o propósito de armazenar grãos secos. Estes foram removidos e a fábrica montada em 1950. Este tanque serviu ao Exército dos Estados Unidos entre 1952 e 1975. 


Apesar das melhorias implementadas até pela versão final M41A3, o modelo não se mostrou popular no serviço junto aos tripulantes de tanques do Exército Americano, pois muitas vezes os condutores se queixaram do espaço interior limitado, além de criticarem a altura, tamanho e design que afetavam sua capacidade de reconhecimento discreto no campo de batalha. O batismo de fogo do M41 aconteceu durante a operação de invasão a Baia dos Porcos, quando cinco tanques foram fornecidos pela CIA aos revolucionários visando assim fazer frente as bases estratégicas protegidas por tanques T-34/85. Embates ocorreram até que os M41 ficaram sem munição sendo abandonados pelas tripulações. Mais tarde foi utilizado a partir de 1965 na Guerra do Vietnam. Ele foi eficaz como um tanque leve, sendo usado pelo Vietnã do Sul durante as invasões ao Vietnã do Norte e utilizado para combater os tanques russos T-41, posteriormente ao T-41E1 e T-41E2. Superou também os tanques russos T-54 usados mais tarde pelo Vietnã do Norte, que era um veículo de assalto médio, porém menos manobrável.

Em 1964 como parte do esforço de apoio e modernização as forças blindadas do Exército da República do Vietnã (ARVN), o Comando de Assistência Militar determinou o fornecimento de centenas de tanques M41A3s que passaram a ser envolver em maiores operações de combate, ao contrário do ocorrido no Exército Americano, o modelo se tornou muito popular entre os tripulantes da ARVN que geralmente eram de menor estatura do que suas contrapartes americanas e não experimentaram o mesmo desconforto que operava dentro do espaço interior limitado do tanque. Os últimos Walker Bulldogs foram entregues para a ARVN em 1972, durante a queda de Saigon muitos dos M41 restantes foram abandonados por suas tripulações e capturados, sendo posteriormente incorporados ao exército do Vietnã. Como carro médio verificou-se também que o M41 não poderia fazer frente aos novos tanques soviéticos T-54, levando ao desenvolvimento de novos carros como o M47 Patton, determinando assim o encerramento da produção do Walker Buldog em 1954 totalizando 5.467 unidades produzidas. Foi importante durante a Guerra Fria pela ampla distribuição feita para outros países. 

 

Aspectos Técnicos

Era barulhento, consumia muito combustível, fora desenvolvido para ser transportado pelo ar, porém seu peso sempre foi um problema. Projetado em torno de um motor a gasolina Continental ou Lycoming, com 500 HPs de força, incorporado ao projeto estava um canhão de 76 mm com uma cota de + 19º e uma depressão de -9º e uma volta completa de 360º da torre e era cerca de 0,60m mais comprido do que o canhão de 90 mm da Segunda Guerra Mundial. Portanto, para um tanque leve, estava fortemente armado e com boa condição de mobilidade e o armamento era melhor do que alguns blindados destruidores de tanques usados ​​na Segunda Guerra. À sua esquerda no mantelete, uma metralhadora coaxial de 7,92 mm foi instalada. e outro modelo Browning de 12,7 mm. na cúpula do comandante. A munição consistia em 65 cartuchos de 76 mm. para o cano, 2.175 de 12,7 mm. e 5.000 de 7,92 mm. O tubo cilíndrico tinha três orifícios de saída em um defletor de disparo em forma de “T”. Sua função era reduzir os efeitos de deflagração e entupimento causados ​​pelo fluxo de gases propulsores no ar. Esses gases costumam causar uma nuvem na frente do veículo que dificulta o direcionamento das armas.

Sua blindagem de 38 mm, a mesma do M24, e o fato de o M41, para um olho destreinado, se parecer com qualquer outro tanque significava que sempre haveria a tentação de usá-lo como um tanque de batalha principal em detrimento da tripulação. Na época do design do veículo, havia uma escassez de blindagem fundida, por isso foi feito de blindagem soldada. A torreta era longa e estendida e era feita de uma mistura de fundição e soldagem, uma reminiscência de seu contemporâneo, o M47. O motor e a transmissão estavam localizados na parte traseira do casco, separados da câmara de combate por uma antepara à prova de fogo. Como outros veículos de combate da época, o M41 era dotado de uma escotilha de escape que permitia que sua tripulação saísse do tanque com melhores chances de sobrevivência do que se o fizesse pelas escotilhas superiores.


O motorista estava localizado na parte frontal esquerda do casco, e os outros três tripulantes na torre, o comandante e o artilheiro à direita e o carregador à esquerda. Os meios de comunicação do tanque consistiam em duas estações de rádio, um TPU e um telefone destinado à comunicação entre a infantaria / tropas e os membros da tripulação. Em 1951, tornou-se parte das unidades blindadas americanas como um tanque rápido e de padrão leve. Toda uma série de veículos de apoio tático foram desenvolvidos a partir deste elemento: canhões automotores, transporte de tropas, veículos antiaéreos etc. Com um trem rolante de cinco pares de rodas, suspensão com barras de torção, motor traseiro, que dava uma alta velocidade nas rodovias, fácil de ser reparado e substituído no campo de batalha. Foram exportados posteriormente para o Brasil (300), Chile (60), Dinamarca, República Dominicana (12), Guatemala (10), Somália (10), Taiwan (675), Tailândia (200) e Tunísia (10). Muitos deles permanecem ainda em serviço pelo mundo, graças às atualizações que incluíram a substituição do antigo motor a gasolina por um novo motor diesel (500 HP Cummins VTA-903T). O canhão de 76 mm foi aprimorado com um novo tipo de cartucho antitanque de alto desempenho (APFSDS da AAI Internacional). Outras melhorias incluem um sistema NBC, sistema de visão noturna térmica com telêmetro a laser integrado (Ericsson Radio Systems) periscópio de visão noturna (Texas Instruments) bem como holofote de halogênio montado no mantelete da arma.
 
 
Em 1956, grande número de tanques M-41 foram fornecidos à Força de Defesa Alemã e usados como veículos de treinamento para suas recém-organizadas forças mecanizadas. Mais tarde, em 1961, 150 dos mesmos tanques M-41 foram entregues à Força de Autodefesa Terrestre do Japão. Junto com os 61 tanques médios do tipo, eles foram os tanques da principal Força Japonesa. Enquanto isso, o Exército dos EUA adotou formalmente o tanque leve tipo M-551 para substituir o M-41 em 1968. Aparentemente, o último episódio de combate efetivo, do qual o M-41 participou, aconteceu durante o conflito das Falkland entre a Argentina e a Grã-Bretanha. No entanto, vários M41s argentinos transferidos para as ilhas foram rapidamente destruídos pelos soldados britânicos ao final do conflito.

   

Características de desempenho

 
Fontes:

https://jmodels.net/de-hombres-y-maquinas/tierra-land/m41-walker-bulldog/

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/M41_Walker_Bulldog

https://www.globalsecurity.org/military/systems/ground/m41.htm

https://jmodels.net/de-hombres-y-maquinas/tierra-land/m41-walker-bulldog/

https://pt.wikipedia.org/wiki/M41_Walker_Bulldog

https://www.defesanet.com.br/leo/noticia/31421/CARRO-DE-COMBATE-LEVE-M-41-WALKER-BULLDOG-NO-EXERCITO-BRASILEIRO-1960---2001-/

http://www.cporpa.eb.mil.br/index.php/qrcode/465-carros-de-combate-do-museu-m-41-walker-bulldog-1

https://pt.topwar.ru/98852-legkiy-tank-m41-walker-bulldog.html

https://mikesresearch.com/2019/03/24/m41-walker-bulldog/

https://armasonline.org/armas-on-line/antigos-equipamentos-do-exercito-brasileiro/

https://en.wikipedia.org/wiki/Walton_Walker

- Notas do Folheto do Fabricante Tamiya que acompanha o kit M41 Walker Buldog

- Notas e textos produzidos pelo autor do blog baseados em diversos artigos pesquisados nos sites relacionados

- Fotos Extraídas da Internet de diversos sites citados acima e que são de domínio público

- Última foto de propriedade do autor do blog que a partir deste momento torna-se de domínio público por consentimento do proprietário dos direitos autorais.

OBS. (PS.) - Tanto os artigos quanto as fotos podem ser replicados desde que citadas as fontes.

 
 
No próximo post a utilização dele no Exército Brasileiro
Até lá...
Forte Abraço!
Osmarjun



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