Amigos, seria impossível abordar este tema fascinante sem primeiro escrever sobre o fabricante americano Revell
A Revell é uma empresa de brinquedos estadunidense, fabricante de modelos plásticos para montar. Produz réplicas em escala de automóveis, aviões, carros de combate e navios. Foi fundada em 1943, na cidade de Venice, no estado da Califórnia. Por muitos anos constituiu-se no maior fabricante de modelos plásticos do mercado, até ser adquirida pela Monogram Models Company na década de 1980.
A companhia resultante tem agora sede em Northbrook, no Illinois. Muitos países fabricaram os modelos da Revell sob licença, como o Brasil, ou por meio de filiais, como a da Alemanha, estabelecida em 1956 com sede em Bünde. Esta última separou-se da empresa-mãe em setembro de 2006, operando atualmente sob a razão social Revell GmbH & Co. KG.
Foi lançado também o C-130 com marcações da FAB, um Boeing 727 da Cruzeiro do Sul (depois foi absorvida pela Varig) e da Transbrasil, um Fokker da TAM entre outros.
No Brasil
O empresário Arno Kikoler foi o primeiro a trazer os moldes da americana Revell para cá. O público não estava acostumado, mas com o tempo tornou-se uma febre nacional. Havia nas grandes lojas, tais com a Sears, Mesbla, vitrines com kits já montados e pintados que faziam os olhos da criançada brilhar. Alguns kits ganharam versão brasileira, como o P47, Catalina "Arará" da FAB, o Helicópteros Bell UH-1D Huey e Bell VH-1. Todos tinham nas caixas desenhos de Carlos Chagas, que também fazia desenhos para as Revistas MAD e Pancada (da Editora Abril).
Foi lançado também o C-130 com marcações da FAB, um Boeing 727 da Cruzeiro do Sul (depois foi absorvida pela Varig) e da Transbrasil, um Fokker da TAM entre outros.
Anos antes de encerrar suas atividades, a Kikoler adquiriu moldes da Airfix (Castelo de Sherwood, o meia lagarta do Rommel, entre outros) e da Heller (aviões em escala 1/72). Em 1981 a Kikoler foi patrocinadora de um álbum de figurinhas chamado "Homens em Ação", lançado pela RGE (Rio Gráfica Editora), eles davam kits para o garoto que fosse o sortudo em ter um vale brinde em um dos pacotinhos de figurinhas vendidos nas bancas de jornal.
Havia kits, que hoje, muitos já esqueceram: Calypso de Jacques Cousteau, A Kombi do Surfista (com prancha e tudo na escala 1/25) as miniaturas das Porsche 356 Speedster e fechada, o Helicóptero do Magnum (1/32) o Crânio Humano, a Mulher e o Homem Invisíveis (todos encaixados na categoria "Científicos"). Havia também kits chamados "REVELL - ENCAIXE E PRONTO" ou conhecidos também como "SNAP KITS", esses kits não eram muito detalhados mais para quem estava iniciando no hobby era uma boa oportunidade. Dessa série havia tanques (Panzer IV, e um Sherman, um Maverick, um Bugre e outros) sem contar nos kits do Ed "Big daddy" Roth que eram o "sonho de consumo" de qualquer garoto.
No próximo post a segunda e última parte desta publicação com
depoimentos fundamentais do Srs. Maurício Nhuch e Leslie Kikoler, genro e filho respectivamente do Sr. Arno Kikoler contando todas as dificuldades que enfrentaram para levar adiante e manter o sonho de fabricar kits no Brasil.
E o final do sonho, o encerramento das atividades da Kikoler.
E o final do sonho, o encerramento das atividades da Kikoler.
Não perca!
Forte Abraço
Osmarjun
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