sexta-feira, 4 de junho de 2010

O Mais Longo dos Dias (The Longest Day) 06-06-1944



O MAIS LONGO DOS DIAS (THE LONGEST DAY)
06-06-1944

Eu sei que muito já foi dito, escrito ou mostrado sobre o Dia D, o desembarque aliado na Normandia em junho de 1944, porém tenho notado que desde que acompanho, estudo e leio sobre os assuntos pertinentes a Segunda Guerra Mundial, ano a ano e cada vez menos a imprensa mundial dá destaque a esta data, este fato tão marcante na história da humanidade.
Tão importante que ainda nos dias de hoje causa muitos transtornos em nossas vidas, senão vejamos que nesta semana ainda duas bombas daquele período que estavam enterradas há mais de sete metros de profundidade na cidade de Gotinga, centro da Alemanha foram descobertas. Uma foi desarmada e outra explodiu matando três especialistas em desarmamento que tentavam desativá-la. Este é só um pequeno exemplo de como isso ainda tanto tempo depois ainda mexe com nossos sentimentos.
Certa vez eu li em algum lugar que não me lembro muito bem onde, uma pessoa comentando sobre o fato, pedindo para que refletíssemos sobre como seria o mundo hoje se o desembarque aliado tivesse fracassado? Como seriam nossas vidas se os alemães tivessem vencido a guerra?
Se o regime totalitário tivesse triunfado? Como?
O fato mais relevante porém, é pensarmos sobre a importância de que as ações desta data memorável serviram para contribuir na construção de um mundo, envolto nos ideais libertários e que principalmente ensinasse aos homens que a guerra só traz muita destruição, dor e que todos os problemas políticos podem e devem ser resolvidos através do diálogo, tolerância e compreensão, coisas que nos dias de hoje a humanidade parece ainda não ter assimilado muito bem, principalmente aqueles mais jovens que não viveram aqueles terríveis anos de chumbo.
(O TEXTO ACIMA É DE AUTORIA DO AUTOR DESTE BLOG)


Desembarque Aliado na Normandia


Durante o mês de junho de 1944, as condições meteorológicas na zona do Canal da Mancha variaram permanentemente entre ruins e inteiramente más, para permitir que se realizasse uma operação tão importante como Overlord (nome código). De fato, os ventos e as ressacas foram os mais fortes registrados nos últimos vinte anos.
O estado do tempo se converteu assim no principal inimigo das unidades aliadas, cujos comandos chegaram a depender inteiramente dos boletins meteorológicos.
A partir do dia 1o de junho de 1944 , Eisenhower, comandante-supremo de Overlord, começou a se reunir diariamente com seus chefes superiores, com a finalidade de analisar detidamente os boletins do tempo. 5 de junho já havia sido determinado como o Dia D. Contudo, a palavra final e definitiva ficava subordinada a um fator que não podia ser controlado pelo alto-comando: o tempo.
Os informes meteorológicos que chegaram às mãos de Eisenhower no dia 3 foram desalentadores. O mesmo ocorreu no dia 4. Conseqüentemente, Eisenhower, em uma reunião celebrada no dia 4, pela manhã, resolveu atrasar o operação por mais 24 horas.
No dia 5 de junho, pela manhã, os informes meteorológicos eram semelhantes aos dos dias anteriores: continuaria o mau tempo. Para o dia 6, no entanto, os boletins continham o que Eisenhower chamou de "um raio de esperança". De fato, previa-se um intervalo de boas condições, a partir das últimas horas do dia 5, mantendo-se até o manhã seguinte, com ventos leves e nuvens não inferiores a 1.000 metros. Previa-se, também, que a partir da noite de 6, ocorreria outra reviravolta nas condições do tempo, com o retorno dos ventos fortes e mar muito agitado.
A esta altura dos acontecimentos, Eisenhower tinha em suas mãos um verdadeiro dilema: as condições do tempo impunham o adiamento da operação; esta só se tornaria possível por vinte e quatro horas, pois no dia 7 mudariam as condições das marés; porém esse atraso de 24 horas era impossível, pois as forças navais de bombardeio já haviam zarpado e, conseqüentemente, suspendendo a operação, e retornando ao porto, seu regresso à zona de invasão já não poderia produzir-se na data estabelecida.
Era necessário tomar uma decisão imediata e irrevogável. E Eisenhower tomou-a, no dia 5 de junho, às 0h40 horas: a invasão da França ocorreria no dia seguinte.

O Dia D

No dia 6 de junho, os prognósticos meteorológicos se cumpriram. Conforme estava previsto, o Dia D amanheceu com ventos muito diminuídos em sua intensidade e massas de nuvens a grande altitude. Esses fatores ofereciam condições favoráveis para as operações aerotransportadas e também para o bombardeio prévio ao desembarque.
Além disso, como o próprio Eisenhower escreveu mais tarde, "a decisão de lançar um assalto no momento em que o tempo estava tão instável, originou em grande parte a surpresa que buscávamos. O inimigo havia chegado à conclusão de que qualquer expedição através do canal seria impossível enquanto as ondas fossem tão altas, e, com suas instalações de radar inutilizadas em conseqüência dos nossos ataques aéreos, sua evidente falta de preparo para nossa chegada compensou amplamente as dificuldades que tivemos que suportar. O tempo não foi a única circunstância que acompanhou os desembarques aliados... Aparentemente, o inimigo acreditara que somente realizaríamos o desembarque com lua nova e maré alta, e que, ao escolher o local do assalto principal, optaríamos pelas imediações de um bom porto, evitando os rochas e as águas perigosas, de pouca profundidade. Na realidade, atacamos pouco antes da maré baixa e com lua cheia; desembarcamos longe dos portos principais e, em determinados lugares, sob encostas abruptas, e as águas, pelas quais nos aproximávamos da costa, eram tão semeadas de arrecifes e apresentavam correntes tão fortes que os técnicos navais alemães haviam-nos catalogado anteriormente como impraticáveis para unidades de desembarques".
O Dia D, na verdade, dependia pura e exclusivamente das marés. O ciclo lunar propiciava seis dias favoráveis por mês para uma operação semelhante. Os três primeiros desses seis dias eram 5, 6 e 7 de junho. Se o mau tempo impedisse a operação nesses três dias, a invasão teria que ser adiada por duas semanas. Se, por outro lado, novamente o mau tempo impedisse no outro período, não restaria outra alternativa senão retardar o invasão até o mês de julho. O General Bradley disse a respeito: "A perspectiva era terrível: 28 dias, nos quais teríamos que conservar um segredo conhecido por mais de 140.000 homens...".
De fato, dado que todas as tropas estavam inteiradas da operação, elas deveriam permanecer isoladas e incomunicáveis quase um mês... A escolha do Dia D estava limitada aos seis dias citados, visto que somente nesse período se satisfaziam as necessidades de luz ao amanhecer e maré favorável. A Marinha e a Aviação haviam insistido acerca da necessidade imprescindível de contar com luz natural suficiente para proceder ao bombardeio prévio. O Exército, por sua vez, sustentava a necessidade de aproximar-se da costa acobertado pelas sombras e efetuar o desembarque com as primeiras luzes do amanhecer.

Das discussões de cada uma das posições dos grupos empenhados, no referente a luz e sombra, ficou estabelecido que o Exército cedia em sua exigência de obscuridade, e aceitava estabelecer a Hora H trinta minutos depois do amanhecer. Com referência às marés, em troca, o Exército insistiu e viu a sua posição aprovada, o que, por outro lado, não podia ser de outra maneira.
De fato, duas vezes por dia, as praias da Normandia eram inundadas por uma maré que tinha seis metros de diferença entre suas marcas máxima e mínima. Com maré baixa, as defesas das praias ficavam descobertas e eram claramente visíveis do mar, a mais de 360 metros de distância; com maré alta, ao contrário, as águas chegavam até os barrancos do fundo da praia Omaha.
Para tocar a terra com baixo volume de perdas, era necessário fazê-lo com a maré alta, a fim de encurtar a distância dos barrancos. Um inconveniente insolúvel se opunha a esta solução: as defesas colocadas nas praias pelos homens de Rommel. O problema foi solucionado decidindo-se efetuar o assalto quando a maré crescente atingisse a linha de obstáculos, dando assim aos sapadores trinta minutos para limpar os canais de acesso, antes que a água fosse demasiado profunda. As levas subseqüentes de assalto navegariam sobre maré crescente, se aproximando dos barrancos pelos canais livres de obstáculos.

Planos da Invasão

Em linhas gerais, o plano de ataque do Exército compreendia um assalto sobre uma frente de cinco divisões, nas praias de Ouistreham e Varreville, com o propósito imediato de estabelecer cabeças de praia para facilitar o acesso das tropas que continuariam chegando. Os objetivos iniciais do ataque incluíam a tomada de Caen, Boyeux, Isigny e Carentan, com os aeródromos dos seus arredores, e o porto de Cherburgo. Depois, as fôrças deveriam avançar rumo à Bretanha com o fim de tomar os portos ao sul de Nantes. O principal objetivo subseqüente consistia em avançar para o leste, sobre a linha do Loire, na direção geral de Paris, e para o norte, cruzando o Sena, com o propósito de destruir a maior quantidade possível de forças alemães nessa zona ocidental.


No flanco direito, forças americanas do 1º Exército, do General Bradley, deviam assaltar a praia Varreville (Utah) e a praia Saint Laurent (Omaha). O 7º Corpo do General Collins devia participar, com a 4ª Divisão de Infantaria, do assalto contra a praia Utah, justamente ao norte do estuário do Vire. Durante os primeiras horas da manhã do Dia D, a 82ª e a 101ª Divisões Aerotransportadas seriam lançadas sobre o setor oeste e sudeste de Sainte-Mère Eglise, onde sua, missão consistiria em capturar as pontes sobre o rio Merderet, obter o linha do rio Douve como barreira, e apoiar o desembarque da 4ª Divisão de Infantaria na praia. Esperava-se que, ao final do Dia D, o 7º Corpo, com as divisões aerotransportadas sob o seu comando, controlaria a zona a leste do rio Merderet, desde o sul de Montebourgo até o Douve.
O 5º Corpo do General Gerow planejou o seu ataque a uma extensão de praia de 7.000 metros, conhecida com o nome-código de Omaha, sobre a costa norte de Calvados, perto de Saint Laurent. Uma equipe de combate da 29ª Divisão de Infantaria à direita, e uma equipe de combate da 1ª Divisão de Infantaria à esquerda, ambas sob o comando da 1ª Divisão de Infantaria, deviam atacar na leva inicial.
O principal objetivo do 7º Corpo, apoiado pelas divisões aerotransportadas, era cortar a península de Cotentin, para evitar o ataque pelo sul, e, avançando rumo ao norte, tomar o porto de Cherburgo, o que se esperava para o Dia D + 8. Enquanto Cherburgo fosse tomado, tropas do 5º Corpo, e as forças que as seguiriam, deviam avançar em direção sul até Saint-Lo, tomando a cidade no Dia D + 9. Depois da conquista de Cotentin, as forças empenhadas ali e as que desembarcassem a seguir também deveriam girar para o sul, unir-se às forças desembarcadas em Omaha e avançar até a linha Avranches-Domfront, onde deveriam estar no Dia D + 20, aproximadamente.
Durante esse período, forças do 3º Exército, do General Patton, deviam ser desembarcadas nas praias americanas e estariam inicialmente sob o controle operativo do 1º Exército, passando ao controle do 3º Exército quando o seu QG fosse transferido para o continente, mais ou menos por volta do Dia D + 30.
Enquanto o 1º Exército efetuava um movimento giratório inicial em direção ao interior da península bretã, rumo a Saint-Malo, planejou-se que o 3º Exército, com suas forças em aumento progressivo, substituiria o 1º Exército, encarregando-se da conquista da península e dos portos bretões nessa mesma ocasião. O 1º Exército então, livre da sua responsabilidade pela Bretanha, devia conduzir suas forças para o sul e para o leste, ao longo do Loire, chegando a uma linha além de Angers-le-Mans, no Dia D + 40.
Enquanto isso, forças britânicas e canadenses, desembarcando nas praias de Ouistreham (Sword), Courseulles (Juno) e Asnelles (Gold), deviam proteger o flanco esquerdo dos forças aliadas contra o que se supunha que viria a ser o principal contra-ataque alemão pelo leste. Uma missão adicional importante era ganhar terreno ao sul e sudeste de Caen, zona adequada para a instalação de aeródromos e para o emprego das forças blindadas. O primeiro assalto devia ser realizado por três divisões do 2º Exército britânico do General Dempsey: a 3ª Divisão de Infantaria canadense, a 3ª Divisão de Infantaria britânica do 1º Corpo e a 50ª Divisão de Infantaria do 30º Corpo. A 6ª Divisão Aerotransportada britânica devia ser lançada atrás das defesas da praia para conquistar as pontes vitais sobre o Canal de Caen e sobre o rio Orne entre Caen e o mar junto com outros objetivos determinados naquela localidade. Essas forças, com as tropas que a seguiriam, avançando para o sul, ocupariam o território do interior até a linha Vire-Falaise incluindo o núcleo rodoviário de Caen, mais ou menos no Dia D + 20.
Depois de ocupar essa zona, as forças britânicas deviam continuar penetrando ao longo da linha do Sena, avançando sobre o flanco esquerdo das divisões americanas até que, no Dia D + 90, a frente aliada geral estaria situada sobre o Sena, desde Le Havre até Paris no norte, e ao longo do Loire, desde Nantes até Orleans, Fontainebleau e Paris no sul e leste. No oeste, a península bretã estaria totalmente ocupada. No Dia D + 90, os exércitos deviam estar prontos para tomar Paris, forçar a travessia do Sena no transcurso de um avanço rumo ao norte até o Somme, e continuar rumo ao leste, ao longo do Marne, penetrando em direção à fronteira alemã.
Para levar a cabo a missão de invadir a Europa ocidental, devia haver na Inglaterra um total de 37 divisões: 23 de infantaria, 10 blindadas e 4 aerotransportadas.

As Forças de Invasão

O plano de apoio à operação anfíbia compreendia duas partes: uma preparatória e outra de assalto. Foi seu criador o comandante do aviação, Marechal Leigh-Mallory, que exercia a chefia das Forças Aéreas Táticas.
Na fase preparatória, a potência de ataque das Forças Aéreas Táticas estaria dirigida contra os alvos ferroviários, pontes e aeródromos, nos arredores da zona de assalto, baterias costeiras, estações de radar e outros alvos navais e militares. Além dos seus aviões de reserva, estas forças dispunham, para suas operações, de 2.434 aviões de caça e bombardeio; a esses se somavam ainda outros 700 aviões de bombardeio médios e leves.
Os ataques contra os centros ferroviários deviam começar no Dia D menos 60, e seriam efetuados sobre uma zona ampla, a fim de não fornecer ao inimigo nenhum indício acerca da possível praia de invasão. Pouco antes do Dia D, os ataques foram se intensificando; começou-se então a martelar os objetivos mais importantes, relacionados com a operação Overlord, porém, sempre controlando a ação dos bombardeiros, de maneira a evitar os indícios comprometedores.
Os aeródromos inimigos, num raio de 250 km da zona de combate, deviam ser atacados, começando as operações no Dia D menos 21. Durante o assalto propriamente dito, projetava-se manter uma densidade contínua de dez esquadrilhas de aviões de combate, para cobrir a zona da praia, cinco sobre o setor britânico e cinco sobre o americano. Seis esquadrilhas mais deveriam estar prontas para apoiar a cobertura das praias em caso de necessidade.


Sob o comando supremo do General Eisenhower alinhavam-se os efetivos do 21º Grupo de Exércitos, sob as ordens do General Montgomery, e o 1oº Exército dos Estados Unidos, comandado pelo General Bradley. O 7º Corpo de Exército, sob as ordens do Major-General Collins, dos Estados Unidos, tinha a seu cargo o desembarque na praia Utah; compunham os seus efetivos a 4ª, a 9ª e a 90ª Divisões de Infantaria dos Estados Unidos, que seriam distribuídas nos dias 6, 6-9 e 10-13 de junho. As tropas aerotransportadas americanas que seriam lançadas sobre a zona de invasão eram integradas pelas Divisões 82ª e 101ª; ambas seriam lançadas à batalha no dia 6 de junho. O 5º Corpo de Exército, sob o comando do General Gerow, compreendendo as Divisões 29ª e 2ª de Infantaria americanas, desembarcariam nos dias 6-7 e 7-8 de junho, respectivamente; a 2ª Divisão Blindada, também dos Estados Unidos, tocaria terra entre os dias 10-13 de junho; todos esses efetivos desembarcariam na praia Omaha; a chamada praia Gold seria assaltada pela 50ª Divisão de Infantaria, a 7ª Divisão Blindado, e a 49ª Divisão de Infantaria, todas britânicas, nos dias 6, 8-10 e 11-12 de junho; as unidades estariam sob as ordens do Tenente-General Dempsey e do Tenente-General Bucknall. Por último, o 1º Corpo de Exército, britânico, comandado pelo Tenente-General Crocker, atacaria as praias Juno e Sword; seus efetivos eram integrados pela 3ª Divisão de Infantaria canadense, 51ª Divisão de Infantaria britânica, 3ª Divisão de Infantaria, também britânica, e a 6ª Divisão de Infantaria de aviação (tropas aerotransportadas) as unidades atacariam seus objetivos, a 9-11 de junho a 3ª Divisão de Infantaria britânica, e no dia 6 as restantes.
As forças navais de ataque e proteção compreendiam um total de 8 encouraçados, 22 cruzadores, 93 destróieres, 229 escoltas de comboio de todo tipo, 200 caça-minas, 360lanchas a motor, 4.222 navios de desembarque de diversos tipos; ao todo seriam 5.134 barcos a intervir no operação.

Começa a Invasão da Normandia

Em bandos, aparentemente intermináveis, bombardeiros, caças, e transportes, atroaram o espaço com o rugido dos seus motores. Faltavam poucos minutos para a meia-noite de 5 de junho quando as primeiros bombas começaram a cair sobre o território inimigo. Até as primeiras horas da madrugada, 1.136 aviões do Comando de Bombardeio dos Reais Forças Aéreas haviam lançado 5.853 toneladas de explosivos sobre dez baterias costeiras que bordejavam a baía do Sena, entre Cherburgo e Le Havre. Ao amanhecer, os bombardeiros da Oitava Força Aérea dos EUA prosseguiram o ataque; 1.083 aviões lançaram 1.763 toneladas de bombas sobre as defesas costeiras, durante a meia hora anterior ao desembarque. Paralelamente, bombardeiros médios e leves atacaram sem descanso todo tipo de alvo: estradas, cruzamentos, vias ferroviárias, concentrações de tropas e depósitos de abastecimentos. Enquanto os bombardeiros deixavam cair suas cargas de explosivos sobre o território inimigo, mal passada a meia-noite do dia 5, efetivos da 6ª Divisão Aerotransportada britânica foram lançados ao espaço sobre o flanco leste do zona de invasão. No oeste, paralelamente, tropas das Divisões 82ª e 101ª Aerotransportadas americanas, tocaram terra. A missão de todos esses efetivos era sinalizar o terreno para o posterior lançamento da massa das divisões citadas.
À uma e meia da madrugada, os pára-quedistas da 101ª Divisão foram lançados ao sudeste de Sainte Mère-Eglise. Às duas, a 6ª Divisão britânica começou a desembarcar seus homens a leste do rio Orne. Às duas e meia, os efetivos da 82ª americana começaram a cair um pouco mais para o oeste que seus camaradas da 101ª Divisão.
Os primeiros soldados aliados acabavam de iniciar a luta naquela região do território europeu. Overlord estava em marcha. Nada mais podia detê-la.
Quando os bombardeiros estavam encerrando a sua tarefa de amaciamento, nas primeiras horas do dia 6 de junho, a frota naval aliada se aproximou das costas da França. A aproximação se efetuou ao longo dos cinco "corredores" determinados de antemão. Cada "corredor" se dividia em dois setores: lento e rápido; através do rápido, se deslocavam os barcos de guerra e os grandes transportes, enquanto que, pelo lento, agiam as LCTs(veículos anfíbios de transporte). Os limites dos "corredores" haviam sido determinados com bóias luminosas.
A primeira leva de tropas aliadas tocou o solo francês às 6h 30m do Dia D. No setor correspondente ao Primeiro Exército, o 7ª Corpo assaltou a praia Utah com a 4ª Divisão de Infantaria, e o 5º Corpo assaltou a praia Omaha com a 1ª Divisão de Infantaria. Na frente do Segundo Exército, o 30º Corpo desembarcou na praia Gold com a 50ª Divisão de Infantaria e o 1º Corpo desembarcou na praia Juno com a 3ª Divisão de Infantaria canadense. Na praia Sword, a 3ª Divisão de Infantaria britânica tocou terra. A Hora H variou entre 7h 25m e 8h, para o grosso das forças.


Em linhas gerais, os objetivos imediatos das forças de invasão se cumpriram de acordo com os planos previstos, exceto na praia Omaha, onde se apresentaram graves dificuldades, em virtude da presença no local de uma divisão de infantaria alemã. O mau tempo, também, contribuiu para agravar consideravelmente as coisas, lançando muitas embarcações contra as praias ou fazendo chocarem-se algumas e afundar outras. Grande número de soldados morreram afogados ao tentar ganhar a costa. Também, veículos anfíbios, em grande número, foram lançados às águas a muita distância da costa (num caso, a três milhas) e resultaram alvo fácil para a artilharia alemã; por outro lodo, o mar agitado fez com que muitos deles afundassem.

Nota do autor do Blog: Como o tema é por demais complexo e para que não se torne extenso demais, não poderei tratá-lo em um único post, prometo abordar o assunto para detalhes posteriores. A idéia incial deste post foi de passar uma imagem geral dos planos de invasão e detalhes históricos relevantes.


Fonte: Texto: Site Adluna e anotações e pesquisas do autor deste blog
Fotos: retiradas de diversos sites da internet


Espero que apreciem, até nosso próximo post!
Osmarjun

3 comentários:

  1. Muito legal essa aula sobre o Dia D Osmar.... já leu o livro Dia D do Stephen Ambrose??? Explica muito bem os preparos para o desembarque e as primeias horas do 6/6/44... muito bom...
    abraços

    ResponderExcluir
  2. Já li sim Pedro, quem já leu o Dia D do Ambrose não pode deixar de ler "Soldados Cidadãos" do mesmo autor, pois é uma continuação do primeiro livro, mostrando histórias reais (dos soldados)de quem realmente fez parte da invasão e posterior vitória aliada no teatro de operações europeu.

    Forte Abraço
    Osmarjun

    ResponderExcluir
  3. Além destes dois, Ambrose também escreveu outras jóias sobre o tema Segunda Guerra:

    "Azul Sem Fim"(História dos homens que levaram os bombadeiros sobre os céus da Europa) e "Band of Brothers" (que virou série pela HBO posteriormente).
    Ambrose que já é falecido escreveu brilhantemente uma outra obra sobre a Guerra Civil Americana.

    Osmarjun

    ResponderExcluir