sábado, 13 de outubro de 2018

WC-54 DODGE AMBULANCE - 1:35 scale - Parte 7

Alteração de Rota

Como no post anterior expliquei no final, que depois de conversar com o Mestre Panzerserra e ser convencido por ele a fazer esse projeto uma Ambulância FEB (Força Expedicionária Brasileira). Por isso esta correção explicando um pouco da história destes veículos que também foram repassados aos brasileiros no Teatro de Operações da Itália e que tão bem serviram para o socorro de soldados e civis.
Vale aqui dar o crédito da pesquisa realizada e postada pelo Pesquisador de Assuntos Militares Expedito Carlos Stephani Bastos da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora).
Abaixo a transcrição de seu artigo na página www.defesa.ufjf.br (infelizmente o link não é direcionado mais para a página em questão que pode não estar mais ativa)

AMBULÂNCIAS DODGE WC-54 4x4 do BATALHÃO DE SAÚDE DA FEB
Itália 1944 – 1945



A Força Expedicionária Brasileira (FEB), que lutou no teatro de operações da Itália na Segunda Guerra Mundial, em 1944/45, empregou ambulância motorizadas de diversos modelos e tipos no seu Batalhão de Saúde.

O modelo mais comum e considerado o padrão utilizado no Exército norte-americano, ao qual a FEB estava agregada, foi a DODGE WC-54 4x4, categoria ¾ toneladas. 


O Batalhão de Saúde recebeu 30 (trinta) destes modelos, que ajudaram a salvar a vida de muitos combatentes brasileiros, transportando-os desde a frente de batalha até os hospitais na retaguarda. Após o fim da guerra, todas vieram para o Brasil e foram incorporadas ao Exército.

A famosa série WC (W = ano 1941 e C = capacidade carga ¾ toneladas) foi renomeada após o sucesso de seu emprego pelos ingleses no Norte da África, mantendo o WC como a nova designação de WEAPONS CARRIER (Transportador de Armas). A partir de 1942, a Dodge produziu 26 mil unidades até o final da guerra.

Seu chassi foi usado para a confecção de diversas versões, todas com motor a gasolina Dodge T-24, de seis cilindros com válvulas laterais e refrigerados a água. A força motriz era transmitida desde o câmbio por meio de um curto eixo de transmissão até a caixa de redução, e daí por eixos até as rodas dianteiras e traseiras. A força propulsora podia atuar sobre as quatro rodas ou somente nas traseiras. O câmbio possuía quatro marchas à frente e uma à ré. O sistema elétrico era de 6 a 8 volts, seu peso na ordem de marcha era 2.685 quilos e a velocidade máxima de 88,5 km/h em estradas.

Sua identificação era muito fácil e visível a grande distância, pois ela possuía uma grande cruz vermelha sobre fundo branco nas laterais, teto e traseira, além de duas pequenas acima do para-brisa, tendo no centro a inscrição em branco “Ambulance”. Algumas chegaram a ter o emblema pintado na grade frontal. A versão brasileira tinha, além destas marcações, o Cruzeiro do Sul dentro de um círculo branco nas laterais da porta e marcações no para-choque dianteiro, onde à direita estava a palavra FEB, seguida do número 710 (número de todos os veículos do Batalhão de Saúde), mais letra K (Destacamento de Comando). Podia ter também as letras A, B e C (1ª, 2ª e 3ª Cia de Evacuação, respectivamente) ou ainda a letra D (Cia de Tratamento), seguido de um pequeno emblema do cruzeiro do sul e o número do veículo (1 a 30), nas laterais, no alto, atrás das portas dianteiras e no lado direito da porta traseira, no alto. No traseiro, apenas não existe o logo do Cruzeiro do Sul.

A carroceria era todo construída em metal, muito robusta, com uma grade na parte frontal, característica da série destes veículos. A capacidade era a de poder levar com relativo conforto quatro feridos deitados em macas ou sete sentados, além do motorista e ajudante. O pneu estepe, atrás da porta do motorista e num compartimento apropriado, conferia grande charme ao modelo. Do outro lado, na mesma direção, havia um conjunto de ferramentas com pá, picareta e machado.


Os operadores destas ambulâncias não levavam uma vida muito tranquila, visto que algumas chegaram a ser alvejadas por rajadas de metralhadoras, além de terem que trafegar por estradas estreitas, às vezes lamacentas, o que exigia o uso de correntes nos pneus, e com grandes penhascos, onde qualquer erro poderia ser fatal.


 Estes veículos foram largamente empregados por vários países no mundo. No Brasil foram utilizados até meados dos anos 80, quando deram lugar a ambulâncias de fabricação nacional. Algumas foram vendidas a particulares e outras sucateadas, poucas preservadas lamentavelmente.



FICHA TÉCNICA

País: Estados Unidos
Nome: Ambulância Dodge ¾ toneladas
Modelo: WC-54
Fabricante: Dodge Caminhões – Divisão da Chrysler Corporation – Detroit
Classificação no Exército: Viatura Transporte Especializado
Finalidade: Transportar doentes e feridos
Guarnição: 2 homens
Carga útil: 04 pacientes deitados ou 07 sentados
Capacidade de Combustível: 113,6 litros de gasolina
Consumo médio: 3,4km/l
Raio de ação: 386km
Velocidade máxima: 87km/h
Rampa máxima: 52%
Motor: Dodge T-214, 6 cilindros, refrigerado a água
Sistema elétrico: 6 volts
Comprimento: 4,940m
Altura: 2,296m
Largura: 1,975m
Pneus: aro 6.50 x 16 – tamanho 9.00 x 16”
Peso do veículo completo: 2.685kg.

-.-.-.-.-

Até o próximo post.
Forte Abraço!
Osmarjun

Nenhum comentário:

Postar um comentário