sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Why We Fight (Por que Nós Lutamos)



POR QUE NÓS LUTAMOS...

Dando prosseguimento a meu objetivo de alimentar este blog com informações e fatos sobre as duas Grandes Guerras, no próximo post teremos um pouco mais da história dos campos de concentrações. Já havia publicado anteriormente Sobibor O Campo do Inferno e agora vou publicar 
"Buchenwald o Gigante"
Antes porém gostaria de reproduzir aqui um trecho do livro Band Of Brothers do autor americano Stephen E. Ambrose:


Quando a Companhia Easy de Paraquedistas penetrou através da Alemanha, na sua fúria rumo a conquistar o território nazista já bastante debilitado, quase indefeso, pois os poucos alemães combatentes restantes recuaram tanto que ao chegarem em casa quase já não tinham mais a força que em anos anteriores fora capaz de espalhar a morte e o terror por toda Europa.
O Tenente Winters chegara por diversas vezes em seus íntimos pensamentos a questionar-se sobre a presença dele naquela luta inescrupulosa e sem limites, e acabara sempre a chegar a conclusão de que combatia pelo seu país, pela glória e o ideal da bandeira e do povo americano.
Porém em 29 de abril a companhia parou para pernoitar em Buchloe, no contra-forte dos Alpes, perto de Landsberg. Alí seus membros viram pela primeira vez um campo de concentração.
Era um campo de escravos e não de extermínio, um da meia dúzia ou mais que faziam parte do complexo de Dachau.
Embora fosse relativamente pequeno e criado para produzir bens de guerra, era tão horrível que era impossível avaliar a enormidade do mal causado por ele. Prisioneiros com uniformes listrados, três quarto deles esfomeados e macilentos, milhares deles: corpos, pouco mais que esqueletos, às centenas.
A companhia ficou alí por duas noites, portanto estava presente na manhã em que o povo de Landsberg saiu às ruas, carregando ancinhos, vassouras e pás, e marchou em direção ao campo. O Gen. Taylor ficara tão indignado com a cena que decretou lei marcial e ordenou que todos entre 14 e 80 anos de idade fossem reunidos e enviados para o campo, para enterrar os corpos e limpar o local. As pessoas voltaram do campo à noite, ainda vomitando...
Pela lembrança do que vira no campo nos dois dias anteriores, Winters escreveu:
Eles baixavam os olhos e a cabeça quando olhávamos para eles através do alambrado, como cães que se encolhem ao serem espancados e maltratados, isso imprime em nós sentimentos indescritíveis, que jamais se esquecem.
O choque de ver  essas pessoas atrás daquela cerca me fez dizer comigo mesmo: "Agora sei porque estou aqui!"


Muitos que lutaram na Segunda Guerra e até hoje, inúmeros são aqueles pelo mundo que costumam dizer que o terror levado nos campos de concentração nazistas foram mostrados com certo exagero pelos libertadores aliados. Não acredito nestas pessoas, pois as imagens divulgadas após as libertações, os depoimentos e pesquisas históricas provam exatamente o contrário. Mesmo assim e independentemente dos horrores cometidos nestes locais, mesmo os mais simples, de qualquer forma foram atrocidades cometidas contra a vida humana, contra o ser humano, capaz de levar o indivíduo ao mais baixo nível na escala de sofrimento e isto por si só já será descabido.
A minha intenção em reproduzir aqui as fotos e textos que falam sobre isto, tem apenas o objetivo maior de que sirva de exemplo à todos nós, para que fatos como este jamais voltem a acontecer na história da humanidade.

No próximo post:

Buchenwald "O Gigante"

Forte Abraço!
Osmarjun

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