sábado, 30 de outubro de 2010

UMA PONTE LONGE DEMAIS


Operação Market Garden

Com este codinome a "Operação Market Garden" foi uma operação militar aliada realizada durante a Segunda Guerra Mundial, entre os dias 17 e 25 de setembro de 1944. Seu objetivo tático era capturar o mais intactas possível uma série de pontes sobre os principais rios dos Países Baixos ocupados pelos alemães. Para isso, foram utilizadas tropas paraquedistas em larga escala, em conjunto com um rápido avanço de unidades blindadas pelas estradas, a fim de atingir o propósito estratégico de permitir que os aliados pudessem atravessar o Reno, a última grande barreira natural a um avanço sobre a Alemanha. Concebida pelos ingleses, mais especificamente por um de seus nomes mais famosos, o Mal. de Campo Bernard Law Montgomery, idealizava encurtar a guerra que na sua visão poderia terminar ainda em 1944.
Os americanos que possuiam o comandante supremo de todas as forças aliadas no Teatro de Operações Europeu, Dwight D. Eisenhower eram contra.
Naquele momento as fogueiras de vaidades estavam acesas demais, entre os oficiais de alta patente aliados, havia uma competição acirrada entre o americano Gen. Geroge Patton, comandante do 3º Exército e o inglês Mal. Bernard Law Montgomery, em determinar
quem chegaria primeiro ao território alemão.
Porém ambos não sabiam que Churchill juntamente com presidente americano Rosevelt já haviam acordado com Stlain que este privilégio caberia aos "aliados russos".
Eisenhower precisava porém administrar tudo isso, sem deixar escapar o que já estava definido, e acabou cedendo as pressões inglesas, mesmo contra as idéias americanas, para tentar manter um certo convívio pacífico entre seus oficiais aliados.
Hitler sabia do ódio inglês com os comunistas e nessa discórdia apostava, quanto mais durasse esta disputa, mais chances haveria de um rompimento dos aliados ocidentais com os russos e por consequência poderia futuramente tirar vantagens disso, oferecendo uma aliança aos ingleses contra Stalin.
Pouco depois das 10:00 da manhã de um domingo, 17 de Setembro de 1944, decolaram de aeroportos dispersos por todo sul da Inglaterra a maior força de aviões de transporte de tropas, até então reunida para uma única operação. Naquela semana (a 263ª da Segunda Guerra Mundial) iniciou-se a Operação Market(parte aérea) Garden (parte terrestre) uma das mais ousadas e engenhosas da guerra. A sua fase aerotransportada foi monumental: envolveu quase 5.000 aviões, de caça, bombardeiros e de transporte de pessoal e mais de 2.500 planadores, o qual seria um assalto diurno sem precedentes para as tropas paraquedistas.
No solo, dispostos ao longo da fronteira belgo-holandesa, estavam as forças terrestres, colunas compactas de carros de combate do 2º Exército Inglês. O plano ambicioso visava lançar velozmente as tropas e os blindados através da Holanda, transpor o Reno e invadir a própria Alemanha.
Inicialmente, a operação teve sucesso, com a conquista da ponte sobre o rio Waal (nome holandês do rio Reno) em Nijmegen no dia 20 de setembro.
Com objetivo inicial de lançar as tropas aliadas através do Reno, sobre o Ruhr, contornando a muralha defensiva alemã (Westwall). Os informes dos serviços de inteligência dos Aliados, referentes às forças alemães no oeste, calculavam os efetivos numas quarenta e oito divisões, com uma potência real equivalente a vinte divisões sendo quatro blindadas. Quatro dias antes do ataque, o 1º Corpo Britânico Aerotransportado calculou os efetivos alemães em território holandês em algumas unidades de infantaria e um total de tanques que oscilava entre cinqüenta e cem.
A 10 de setembro, dia em que o General Eisenhower aprovou o plano e deu o ordem para pôr em execução a Operação, informes chegados aos serviços de inteligência davam conta que duas divisões blindadas alemães dirigiam-se para a Holanda, mencionando-se Eindhoven e Nijmegen como seus destinos finais. Pouco depois se soube que as mencionadas divisões eram a 9ª Panzer SS e a 10ª Panzer SS, provavelmente reequipados com novos carros.


Montgomery informado disso preferiu desprezar a informação, negligenciando-a pois estava decidido a levar a frente seu plano. Isso custaria muito caro aos aliados como veremos adiante.
Contando com os elementos materiais e com os homens prontos para a operação, o General Brereton enfrentou o problema de decidir a data do dia D. Finalmente, às 19 horas do dia 16 de setembro, Brereton decidiu: o dia D seria o 17; a hora H seria as 13.

A campanha começaria na noite anterior, isto é, na noite de 16 de setembro, quando o Comando de Bombardeiros da RAF lançou seus aviões com o fim de eliminar o mais possível a oposição antiaérea alemã.
Durante esta noite, em cumprimento às ordens determinadas, uma força de 200 Lancaster e 23 Mosquitos jogaram aproximadamente 890 toneladas de bombas sobre os aeroportos alemães. Outra força, composta por 59 aviões, atacaram paralelamente as fortificações da artilharia antiaérea. Em ambos os casos, os pilotos deram informações positivas, que atacaram aeroportos onde estavam estacionados os novos caças Messerschmitt 262.
Os ataques foram renovados no dia 17, às primeiras horas da manhã. Nessa oportunidade, 100 bombardeiros britânicos, escoltados por caças Spitfire, lançaram-se ao assalto das defesas costeiras e das fortificações situadas ao longo da rota do norte. Pouco antes da operação propriamente dita começar, 816 Fortalezas Voadoras da 7ª Força Aérea, escoltada por P-51, lançaram 3.139 toneladas de bombas sobre 117 fortificações de artilharia antiaérea, ao longo das rotas do norte e do sul, que seriam percorridas pelos transportes aéreos de tropas. Incluindo os aparelhos de escolta, 435 aviões britânicos e 983 americanos participaram das operações preliminares de bombardeio. No curso das ações perderam-se, no total, dois B-17, dois Lancaster e outros três aviões britânicos de escolta.
Os lançamentos foram qualificados como perfeitos. A 82a Divisão considerou as operações do dia como os melhores da sua história. O informe da 101a considerou a operação como "um desfile aéreo", sobre qualquer ponto de vista, o melhor de todos até então efetivados.
No total, a operação de lançamento, consumiu uma hora e meia, aproximadamente. Em conseqüência, uns 20.000 americanos e ingleses tinham sido lançados com seus armamentos e apetrechos por trás das linhas inimigas.
A operação que, entretanto, esteve muito próxima de se converter num êxito custou muito cara aos Aliados. Com efeito, diversos fatores, entre eles o tempo, que, mudando bruscamente, impediu o lançamento de reforços e abastecimentos, influíram e pesaram sobre o desenvolvimento dos acontecimentos, provocando a derrota dos efetivos aliados.
Os combatentes ingleses da 1ª Divisão, isolados, sem tanques e sem artilharia, resistiram durante dez dias às arremetidas da 11a Divisão Panzer SS, sucumbindo, finalmente, a 27 de setembro, depois desse período de intensa luta. As péssimas condições climáticas, no decorrer do período citado, impediram que os aviões aliados fustigassem as formações alemãs. Por essa razão, ela, que deveria ser a principal arma de apoio com que os Aliados contavam, ficou reduzida ao papel de simples espectadora dos acontecimentos. O 2º Exército Britânico, que tinha partido de Eindhoven em direção a Arnhem, conseguiu cruzar, sucessivamente, os quatro cursos de água cujas pontes os pára-quedistas americanos dominavam: o canal Guilhermina, o Dommel, o Mosa e o Waal.
Os alemães a medida que recuavam deixavam muitos franco-atiradores para trás e as tropas aliadas sofreram grande parte das baixas, através da atuação destes homens que se mantinham nas florestas e investiam com grande poder de fogo, usando inclusive a temida panzerfaust (arma capaz de lanças morteiros a médias distâncias) contra os carros de combates aliados.


Entretanto, acabou por ser um desastre geral devido à ponte de Arnhem, a última do Reno, não ter sido conquistada, e ao fato da Primeira Divisão Aerotransportada Britânica ter sido destruída na batalha, apesar de terem suportado muito mais do que era estimado antes da implementação. O Reno permaneceria uma barreira ao avanço aliado até as Ofensivas Aliadas realizadas em março de 1945.
O General Montgomery contou com três divisões Aerotransportadas: as 101ª e 82ª divisões americanas e a 1ª Divisão Paraquedista Inglesa e uma Brigada Paraquedista Polonesa.
As perdas foram enormes e sofridas nesta que passou para a história como o maior fracasso aliado em termos de tentativas para reduzir a Segunda Guerra Mundial.
Somente em 1945 as coisas clarearam-se mais e através de ações combinadas os aliados conseguiram empurrar os alemães de volta para seu terreno, porém sem antes sofrer uma oposição ferrenha na Bélgica por ocasião da Batalha por Batogne nas Ardennas, outro local onde os aliados perderam muitas vidas.


Àqueles que interessarem-se por este capítulo fantástico da Segunada Guerra Mundial, poderão pesquisar em livros e na internet, irão encontrar farto material. As ocorrências descritas aqui seguiram esta linha de pesquisa.
Num momento mais à frente estarei abordando a Batalha das Ardennas, outro capítulo cheio de emoções.
A partir do próximo post estarei colocando imagens do meu novo trabalho (já em andamento), uma Vinheta da Segunda Guerra Mundial na escala 1:35.
Virão as pesquisas, a escolha do nome e as fotos do processo de montagem, tudo no passo a passo.

Aguardem...

Forte Abraço!

Osmarjun

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