sexta-feira, 27 de setembro de 2013

USMC - HUE - Vietnam 1968 - O Busto - Trabalho Finalizado

USMC - HUE - Vietnam 1968

Conforme prometi no post anterior seguem as fotos do trabalho do soldado americano finalizado, espero que gostem, tive bastante trabalho para definir cores de camuflagem no capacete e algumas coisas mais, 
mas como sempre digo, montar figuras e bustos é algo desafiador e muito delicioso...







Até o próximo post.
Forte Abraço!
Osmarjun

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

USMC - HUE Vietnam - 1968 - Trabalho em Andamento


USMC- HUE Vietnam 1968

Iniciando um novo trabalho sobre um busto de um soldado americano na 
Batalha de Hue no Vietnam em 1968.
Tenho paixão por figuras, principalmente bustos, considero-os desafio sem limites, pois conseguir atingir através da pintura, cores bem próximas ao real, principalmente porque a escala exige isso, para não ficar parecendo um brinquedo apenas, para isso precisamos estar sempre buscando o melhor. Tenho muito que aprender ainda, conheço alguns modelistas que são campeões neste trabalho, como meu Grande Amigo Leo Hack do Rio de Janeiro. Espero que algum dia eu consiga chegar lá, estudando e praticando muito.
Adquiri este busto de um colega modelista no site do Webkits, fórum de modelismo ao qual eu frequento.
A figura em resina é importada. Como sempre faço, antes de inciar qualquer trabalho, faço uma ampla pesquisa sobre o mesmo para aprender mais, adquirir conhecimento sobre passagens de momentos históricos que ainda desconheço e principalmente para ilustrar ao final com fotos o término do meu projeto.
Descobri com a pesquisa que o termo HUE, significa o nome de uma cidade bastante antiga (Imperial) localizada no Vietnam e que foi palco de uma das batalhas mais sangrentas daquele conflito.
Portanto neste post, logo abaixo um pequeno resumo do que foi aquela batalha, o que significou para ambos os lados da Guerra do Vietnam.

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A Batalha de HUE

A Batalha de Hue durante 1968 (também chamado de Cerco de Hue), foi uma das batalhas mais sangrentas e mais longa da Guerra do Vietnã (1959-1975). 

Batalhões do Exército da República do Vietnã (ESV), dois Batalhões do Exército dos EUA, e três Batalhões abaixo de sua capacidade do Corpo de Fuzileiros dos EUA foram derrotados por mais de 10.000 soldados dos Exército Popular do Vietnã (PAVN ou NVA) e de vietcongues ou VC, também conhecidos como Frente de Libertação Nacional ou NLF.

Com o início da Ofensiva do Tet, em 30 de janeiro de 1968, o Ano Novo Lunar vietnamita (Tet Nguyên Djan ) grandes forças americanas convencionais haviam sido comprometidas com o combate em solo vietnamita por quase três anos. Passando pela cidade de Huế , Highway One era uma linha de suprimentos importante para as forças ESV, americanas e aliadas da cidade costeira de Đà Nẵng até a Zona Vietnamita Desmilitarizada (DMZ). Esta área também fornecia acesso ao rio Perfume (vietnamita: Huong Sông ou Huong Giang ) rio que passava por Hue, dividindo a cidade em zona norte e zona sul. Huế também foi base para Marinha dos Estados Unidos e barcos de abastecimento. Considerando o seu valor logístico e sua proximidade com o DMZ (apenas 50 km (31 milhas)) deveria ter sido bem defendida, fortificada e preparada para qualquer ataque comunista.


No entanto, a cidade tinha poucas fortificações e foi mal defendida. Os vietnamitas do Sul e as forças americanas estavam completamente despreparadas quando o exército norte-vietnamita e os Vietcongues não respeitaram a trégua prometida do Tet. Em vez disso, os Vietcongues e o Exército norte-vietnamita lançaram um ataque maciço em todo o Vietnã do Sul, atacando centenas de alvos militares e centros populacionais em todo o país, entre eles a cidade de Hue.


As forças norte-vietnamitas ocuparam rapidamente a maior parte da cidade. Durante o mês seguinte, eles foram gradualmente expulsos durante intenso combate casa-a-casa liderada pela Marinha. No final, embora os Aliados declararem uma vitória militar, a cidade de Hue foi praticamente destruída e mais de 5.000 civis foram mortos, a maioria deles executados pelo PAVN e Vietcongues de acordo com o governo sul-vietnamita. As forças norte-vietnamitas perderam cerca de 2.400 a 8.000 mortos, enquanto as forças aliadas perderam 668 mortos e tiveram 3.707 feridos. As enormes perdas afetaram negativamente a percepção que o público norte-americano tinha da guerra e o apoio político para a guerra começou a minguar.



A Batalha de Hue durou de 30 de janeiro até 03 de março de 1968. 

Como resultados pode-se dizer que houve:

- Vitória Tática dos Sul-vietnamitas e dos  EUA;

- Vitória polítca dos Vietcongues e do Vietnã do Norte, 
servindo como propaganda pelo massacre perpetrado 
pelos Viets e NVAs, resultando em milhares de mortos civis
 e danos sofridos pela antiga cidade imperial de Hue.

Fonte: Wikipédia

Espero que tenham apreciado este post, 
no próximo as fotos do trabalho finalizado
Até lá. Forte Abraço!
Osmarjun

sábado, 14 de setembro de 2013

TEMPO DE SAUDADES...


Gare de Campinas
(Inaugurada em 11/08/1872)

retrato do abandono






Na tarde de hoje dia 14/07/2013 estive visitando acompanhado de minha família, mais uma vez a Estação Ferroviária de Campinas, a cidade onde nasci e vivo até hoje, há exatos 53 anos.
Apesar de estar situada bem próximo de onde resido, coisa de 5 minutos de automóvel, assim mesmo com a correria do dia a dia e de todo o trabalho, os dias vão se passando e acabamos por esquecermo-nos de como ela é e foi muito importante e bonita. Campinas é hoje e sempre foi a segunda cidade do Estado de São Paulo, grande polo industrial, comercial, médico e principalmente estudantil. Aqui nasceram e se formaram pessoas ilustres.




retrato do abandono



Bem, como não é minha intenção ficar aqui contando a história de Campinas, que pode ser vista em muitos lugares na web, volto a falar sobre o principal entroncamento ferroviário do estado e também de toda região Sudeste do Brasil, que há muito tempo deixou de existir, pois no Brasil a máfia das rodovias, dos pedágios, das cargas, do óleo diesel, dos ônibus e caminhões de transporte de carga e passageiros contribuiu muito para o desaparecimento do trem, como principal meio de transporte, barato, confortável, pontual e principalmente, elegante e charmoso.





Lembro-me de quando menino eu embarquei nesta estação muitas vezes com destinos variados, em férias, acompanhado de meus pais, avós e tios, pessoas estas (avós e tios) que trabalharam e aposentaram-se como empregados na ferrovia. Meu avô materno, que não cheguei a conhecer inclusive teve sua vida ceifada por uma composição, quando saía de seu turno de trabalho na ferrovia.







Minha paixão por trens vem creio, desde o ventre de minha mãe então. Está no sangue, aquele mesmo derramado pelo meu avô e talvez pelas alegrias e pelas belas paisagens das viagens que empreendi. Residia naquele tempo bem próximo do conglomerado ferroviário, então a imagem de trens chegando e partindo e em manutenção ainda é algo bastante vivo em minha memória.
Creio que levarei isto comigo até o final de minha vida e mais um pouco ainda...
Voltando ao motivo deste post, a nostalgia que senti na tarde de hoje quando acompanhado de minha filha de 15 anos que sequer teve a chance de ver tudo aquilo funcionando, pude acompanhá-la no passeio e aos poucos matando toda curiosidade dela sobre o muito pouco que ainda restou de todo aquele acervo, coisa que devemos agradecer e muito hoje ao ex-prefeito Antônio da Costa Santos (in memoriam) brutalmente assassinado há 12 anos e que teve a coragem de bancar uma restauração e reincorporação de quase todo aquele patrimônio que estava fadado a desaparecer, desativado que estava, apenas aguardando a liquidação por credores, que certamente venderiam tudo a especuladores imobiliários. Porém nosso querido Toninho, que como eu disse acima foi brutalmente assassinado e não pode ver este que era um de seus maiores sonhos todo recuperado. Governos municipais que o sucederam importaram-se apenas com a propriedade para alocar ali secretarias de governos, e outras instituições e pessoas que sequer viveram o momento mágico daquele prédio, gente que não nasceu aqui, não viveu a cidade de Campinas como eu vivi e que cuidaram apenas de impregná-lo, enchê-lo de coisas e itens sem utilidade, sem valor histórico, espaços doados às tribos e ONGs que apenas delapidaram todo valor histórico do local e que hoje serve apenas para constatarmos seu abandono quase total e para fazer rolar uma lágrima no rosto daqueles saudosistas (se quiserem me chamem assim) que assim como eu ainda são capazes de se transportar quando ali adentram, aos tempos com total glamour, na época em que as ferrovias eram a magia dos adultos e crianças que como eu cresceram embalados por partidas e chegadas, dos vapores, das máquinas elétricas e a diesel e principalmente da rota do destino que não volta mais. 






Dói no peito uma saudade, que vivi com meus avós, pais e amigos, mas que, porém jamais terei a chance de reviver com minha filha, a não ser através de um sonho de uma grande e imortal saudade!


O sorriso no rosto foi pedido de minha filha, 
pois a alma deste autor estava triste com todo descaso


Obs: as imagens aqui adicionadas, foram fotos de autoria do autor do blog e de minha filha e as demais retiradas da web.
Em tempo, gostaria de dizer que as fotos postadas aqui são de alguns anos atrás e outras do dia de hoje, porém bastante revoltado com o que vi por lá, nego-me a publicar algumas imagens que só mostrariam a degradação e abandono do lugar, muito triste, fruto de várias administrações municipais preocupadas apenas em destruir a memória da minha cidade, Fica aqui meu protesto!

Até meu próximo post.
Forte Abraço !
Osmarjun